quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

De quem é o PRÉ-SAL?

De quem é o PRÉ-SAL?

Por Emanuel Cancella,
Diretor do Sindipetro-RJ
Artigo publicado em 'O Globo' de 21/01/2009Divulgação: Agência Petroleira de Notícias

Quem vai financiar a produção de petróleo e gás descoberto no pré-sal? A Petrobrás, lógico! Com que dinheiro? O pré-sal e suas reservas gigantescas de petróleo e gás são garantias para qualquer financiamento em bancos no Brasil e no mundo. A Petrobrás financiou, com recursos próprios, durante décadas, a pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para descobrir o pré-sal. O pré-sal era inatingível para o mundo do petróleo. A Petrobrás aceitou o desafio e chegou lá. Profundidades de 5 a 7 mil metros depois da lâmina d´água de 2mil metros no mar. Toda essa tecnologia foi desenvolvida no centro de pesquisas da Petrobrás que gastou bilhões de reais. No momento em que as reservas de petróleo e gás no mundo estão em declínio, a Petrobrás trás essa noticia alvissareira que nos enche de orgulho: o pré-sal possui reservas de petróleo e gás que nos coloca ao lado dos grandes produtores de petróleo do mundo. Estamos falando em valores que podem atingir trilhões de dólares. O preço do petróleo abaixo dos cinqüenta dólares é artificial; qualquer especialista sabe que o patamar mínimo é de 100 dólares quando sabemos que a commodity já atingiu preço internacional acima é de 140 dólares. A matriz energética do mundo tem como base o petróleo e o gás e vai continuar a sê-lo, durante pelo menos os próximos cinqüenta anos.
Manter leilões de petróleo como quer a Agência Nacional de Petróleo (ANP) é entregar o ouro (negro) aos bandidos, como diz o jargão popular. É privatizar nosso petróleo e gás! Alguém sabe do dinheiro das privatizações de FHC? E dos 10 leilões de petróleo realizados nos governos de FHC e Lula também ninguém sabe! No silêncio criminoso dos governos e na desinformação da sociedade, as multinacionais avançam.
A empresa americana Exxon Mobil descobre em 21/01/2009 um megacampo, BMS-22 de petróleo e gás na área do pré-sal. Grande parte de nossas áreas com potencial petrolífero já estão entregues através dos leilões às empresas privadas, em sua maioria multinacionais, incluindo o pré-sal. Essas mesmas empresas, através dos Contratos de Risco adotados pelo Governo de Ernesto Geisel estiveram no Brasil, de 1975 a 1988, sem sucesso. A diferença é que no governo Geisel, a busca do petróleo e gás partia do zero, já nos leilões da ANP as áreas com potencial petrolífero já estão mapeadas pela Petrobrás, são as chamadas áreas azuis. Por isso é que os contratos de Geisel eram chamados de risco, e também por isso nada foi encontrado porque descobrir petróleo e gás e muito oneroso, e o risco é muito grande. A Petrobrás financiou e correu todo o risco, para o governo através da ANP entregar de mãos beijadas nosso petróleo e gás. Enquanto isso, os nossos hospitais públicos continuam caóticos; o ensino público deficiente; a segurança pública em crise; grande parte dos municípios sem água e esgotos tratados. Sempre foi assim no Brasil, continuamos ao longo da história a entregar nossas riquezas. Já levaram nosso ouro metal e agora é o ouro negro. No futebol podemos nos dar ao luxo em ser o grande exportador de craques, como Ronaldinhos, Kaká e Robinho, até porque no Brasil eles se renovam a cada ano. Mas a natureza, para transformar os fósseis em hidrocarboneto, precisa de milhões de anos. O petróleo tem que ser nosso!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Executiva do PT expulsa Jorge Babu do partido

Por Unanimidade, Executiva do PT expulsa Jorge Babu do partido A Comissão Executiva Nacional do PT decidiu nesta segunda-feira (26), por unanimidade, expulsar do partido o deputado estadual Jorge Luis Hauat (Jorge Babu), concluindo processo ético disciplinar iniciado pelo Diretório Regional do Rio de Janeiro. Leia a íntegra da resolução Resolução sobre processo ético disciplinar contra o deputado Jorge Luis HauatConsiderando a avocação do processo ético disciplinar instaurado pelo Diretório Regional do Rio de Janeiro contra o Deputado Jorge Luis Hauat, na conformidade do disposto no artigo 214, parágrafo único, do estatuto partidário;Considerando os elementos probatórios apurados ao longo desse processo, e a defesa apresentada pelo acusado;Considerando que em sua manifestação de defesa, o acusado, ciente da notificação para a apresentação de defesa, deixou de indicar quaisquer provas que, ao serem produzidas, poderiam vir a infirmar as acusações que lhe são dirigidas;Considerando que comprovadamente o deputado não participa, não respeita decisões da bancada do Partido dos Trabalhadores e descumpre manifestamente com sua conduta os princípios partidários, violando o artigo 210, inciso VIII do estatuto partidário; A Comissão Executiva Nacional, com base nos artigos 210, inciso VIII, 213 incisos I, II, IV, V, VII e X e artigo 214, parágrafo único do Estatuto Partidário, resolve aplicar a pena de expulsão do deputado Jorge Luis Hauat do Partido dos Trabalhadores.Brasília, 26 de janeiro de 2009.Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

DISCURSO DEPOSSE DO PRESIDENTE DOS EUA Barack Obama.

Meus caros concidadãos
Estou aqui hoje humildemente diante da tarefa que temos pela frente,grato pela confiança que vocês depositaram em mim, ciente dossacrifícios suportados por nossos ancestrais. Agradeço ao presidenteBush pelos serviços que prestou à nação, assim como pela generosidadee a cooperação que ele demonstrou durante esta transição.Quarenta e quatro americanos já fizeram o juramento presidencial. Aspalavras foram pronunciadas durante marés ascendentes de prosperidadee nas águas plácidas da paz. Mas de vez em quando o juramento é feitoentre nuvens carregadas e tempestades violentas. Nesses momentos, aAmérica seguiu em frente não apenas por causa da visão ou dahabilidade dos que ocupavam os altos cargos, mas porque nós, o povo,permanecemos fiéis aos ideais de nossos antepassados e leais aosnossos documentos fundamentais.
Assim foi. Assim deve ser para esta geração de americanos.
Que estamos em meio a uma crise hoje é bem sabido. Nossa nação está emguerra, contra uma ampla rede de violência e ódio. Nossa economia estágravemente enfraquecida, uma consequência da cobiça e dairresponsabilidade de alguns, mas também de nosso fracasso coletivo emfazer escolhas difíceis e preparar o país para uma nova era. Laresforam perdidos; empregos, cortados; empresas, fechadas. Nosso sistemade saúde é caro demais; nossas escolas falham para muitos; e cada diatraz novas evidências de que os modos como usamos a energia reforçamnossos adversários e ameaçam nosso planeta.
Esses são indicadores de crise, sujeitos a dados e estatísticas. Menosmensurável, mas não menos profundo, é o desgaste da confiança em todoo nosso país -- um temor persistente de que o declínio da América éinevitável, e que a próxima geração deve reduzir suas perspectivas.
Hoje eu lhes digo que os desafios que enfrentamos são reais. Sãosérios e são muitos. Eles não serão resolvidos facilmente ou em umcurto período de tempo. Mas saiba disto, América -- eles serãoresolvidos.
Neste dia, estamos reunidos porque escolhemos a esperança acima domedo, a unidade de objetivos acima do conflito e da discórdia.
Neste dia, viemos proclamar o fim dos sentimentos mesquinhos e dasfalsas promessas, das recriminações e dos dogmas desgastados que portanto tempo estrangularam nossa política.
Ainda somos uma nação jovem, mas, nas palavras da escritura, chegou otempo de pôr de lado as coisas infantis. Chegou o tempo de reafirmarnosso espírito resistente; de escolher nossa melhor história; de levaradiante esse dom precioso, essa nobre ideia, transmitida de geração emgeração: a promessa dada por Deus de que todos são iguais, todos sãolivres e todos merecem a oportunidade de perseguir sua plena medida defelicidade.
Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, compreendemos que a grandezanunca é um fato consumado. Deve ser merecida. Nossa jornada nunca foide tomar atalhos ou de nos conformar com menos. Não foi um caminhopara os fracos de espírito -- para os que preferem o lazer aotrabalho, ou buscam apenas os prazeres da riqueza e da fama. Foram,sobretudo, os que assumem riscos, os que fazem coisas -- algunscélebres, mas com maior frequência homens e mulheres obscuros em seulabor, que nos levaram pelo longo e acidentado caminho rumo àprosperidade e à liberdade.
Por nós, eles empacotaram seus poucos bens terrenos e viajaram atravésde oceanos em busca de uma nova vida.
Por nós, eles suaram nas oficinas e colonizaram o Oeste; suportaramchicotadas cortantes e lavraram a terra dura.
Por nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord eGettysburg, na Normandia e em Khe Sahn.
Incansavelmente, esses homens e mulheres lutaram, se sacrificaram etrabalharam até ralar as mãos para que pudéssemos ter uma vida melhor.Eles viam a América como algo maior que a soma de nossas ambiçõesindividuais; maior que todas as diferenças de nascimento, riqueza oufacção.
Esta é a jornada que continuamos hoje. Ainda somos a nação maispróspera e poderosa da Terra. Nossos trabalhadores não são menosprodutivos do que quando esta crise começou. Nossas mentes não sãomenos criativas, nossos produtos e serviços não menos necessários doque foram na semana passada, no mês passado ou no ano passado. Nossacapacidade continua grande. Mas nosso tempo de repudiar mudanças, deproteger interesses limitados e de protelar decisões desagradáveis --esse tempo certamente já passou. A partir de hoje, devemos nosreerguer, sacudir a poeira e começar novamente o trabalho de refazer aAmérica.
Para todo lugar aonde olharmos há trabalho a ser feito. A situação daeconomia pede ação ousada e rápida, e vamos agir -- não apenas paracriar novos empregos, mas depositar novas bases para o crescimento.Vamos construir estradas e pontes, as redes elétricas e linhasdigitais que alimentam nosso comércio e nos unem. Vamos restabelecer aciência a seu devido lugar e utilizar as maravilhas da tecnologia paramelhorar a qualidade dos serviços de saúde e reduzir seus custos.Vamos domar o sol, os ventos e o solo para movimentar nossos carros efábricas.. E vamos transformar nossas escolas, colégios e universidadespara suprir as demandas de uma nova era. Tudo isso nós podemos fazer.E tudo isso faremos.Os passos da posse
MEMÓRIA
Em 5 de novembro de 2008, Obama faz seu 1º discurso após ser eleitopresidente dos EUA
Relembre como Obama foi eleitoBarack Obama: vida e campanhaAssista ao discurso de Obamaao ser eleito presidente dos EUA
Agora, há alguns que questionam a escala de nossas ambições -- quesugerem que nosso sistema não pode tolerar um excesso de grandesplanos. Suas memórias são curtas. Pois eles esqueceram o que este paísjá fez; o que homens e mulheres livres podem conseguir quando aimaginação se une ao objetivo comum, e a necessidade à coragem.
O que os cínicos não entendem é que o chão se moveu sob eles -- que asdiscussões políticas mofadas que nos consumiram por tanto tempo nãoservem mais. A pergunta que fazemos hoje não é se nosso governo égrande demais ou pequeno demais, mas se ele funciona -- se ele ajudaas famílias a encontrar empregos com salários decentes, tratamentosque possam pagar, uma aposentadoria digna. Quando a resposta for sim,pretendemos seguir adiante. Quando a resposta for não, os programasterminarão. E aqueles de nós que administram os dólares públicos terãode prestar contas -- gastar sabiamente, reformar os maus hábitos efazer nossos negócios à luz do dia -- porque somente então poderemosrestaurar a confiança vital entre uma população e seu governo.
Tampouco enfrentamos a questão de se o mercado é uma força do bem oudo mal.. Seu poder de gerar riqueza e expandir a liberdade éinigualável, mas esta crise nos lembrou de que sem um olhar vigilanteo mercado pode sair do controle -- e que uma nação não pode prosperarpor muito tempo quando favorece apenas os prósperos. O sucesso denossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho de nosso ProdutoInterno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; de nossacapacidade de estender oportunidades a todos os corações dispostos --não por caridade, mas porque é o caminho mais certeiro para o nossobem comum.
Quanto a nossa defesa comum, rejeitamos como falsa a opção entre nossasegurança e nossos ideais. Nossos pais fundadores, diante de perigosque mal podemos imaginar, redigiram uma carta para garantir o regimeda lei e os direitos do homem, uma carta expandida pelo sangue degerações. Aqueles ideais ainda iluminam o mundo, e não vamosabandoná-los em nome da conveniência. E assim, para todos os outrospovos e governos que nos observam hoje, das maiores capitais à pequenaaldeia onde meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de toda naçãoe de todo homem, mulher e criança que busque um futuro de paz edignidade, e que estamos prontos para liderar novamente.
Lembrem que as gerações passadas enfrentaram o fascismo e o comunismonão apenas com mísseis e tanques, mas com sólidas alianças econvicções duradouras. Elas compreenderam que somente nossa força nãoé capaz de nos proteger, nem nos dá o direito de fazer o quequisermos. Pelo contrário, elas sabiam que nosso poder aumenta atravésde seu uso prudente; nossa segurança emana da justeza de nossa causa,da força de nosso exemplo, das qualidades moderadoras da humildade eda contenção.
Somos os mantenedores desse legado. Conduzidos por esses princípiosmais uma vez, podemos enfrentar essas novas ameaças que exigem umesforço ainda maior -- maior cooperação e compreensão entre as nações.Vamos começar de maneira responsável a deixar o Iraque para suapopulação, e forjar uma paz duramente conquistada no Afeganistão. Comantigos amigos e ex-inimigos, trabalharemos incansavelmente parareduzir a ameaça nuclear e reverter o espectro do aquecimento doplaneta. Não pediremos desculpas por nosso modo de vida, nemvacilaremos em sua defesa, e aos que buscam impor seus objetivosprovocando o terror e assassinando inocentes dizemos hoje que nossoespírito está mais forte e não pode ser dobrado; vocês não podem nossuperar, e nós os derrotaremos.
Pois sabemos que nossa herança de colcha de retalhos é uma força, enão uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus ehindus -- e de descrentes. Somos formados por todas as línguas eculturas, saídos de todos os cantos desta Terra; e como provamos osabor amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos daquelecapítulo escuro mais fortes e mais unidos, só podemos acreditar que osantigos ódios um dia passarão; que as linhas divisórias logo sedissolverão; que, conforme o mundo se tornar menor, nossa humanidadecomum se revelará; e que a América deve exercer seu papel trazendo umanova era de paz.
Ao mundo muçulmano, buscamos um novo caminho à frente, baseado nointeresse mútuo e no respeito mútuo. Para os líderes de todo o mundoque buscam semear conflito, ou culpam o Ocidente pelos males de suasociedade -- saibam que seu povo os julgará pelo que vocês podemconstruir, e não pelo que vocês destroem. Para os que se agarram aopoder através da corrupção e da fraude e do silenciamento dosdissidentes, saibam que vocês estão no lado errado da história; masque lhes estenderemos a mão se quiserem abrir seu punho cerrado.
Aos povos das nações pobres, prometemos trabalhar ao seu lado parafazer suas fazendas florescer e deixar fluir águas limpas; alimentarcorpos famintos e nutrir mentes famintas. E para as nações como anossa, que gozam de relativa abundância, dizemos que não podemos maissuportar a indiferença pelos que sofrem fora de nossas fronteiras; nempodemos consumir os recursos do mundo sem pensar nas consequências.Pois o mundo mudou, e devemos mudar com ele.
Ao considerar o caminho que se desdobra a nossa frente, lembramos comhumilde gratidão daqueles bravos americanos que, nesta mesma hora,patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo anos dizer hoje, assim como os heróis caídos que repousam em Arlingtonsussurram através dos tempos. Nós os honramos não só porque são osguardiões de nossa liberdade, mas porque eles personificam o espíritode servir; a disposição para encontrar significado em algo maior queeles mesmos. No entanto, neste momento -- um momento que definirá umageração -- é exatamente esse espírito que deve habitar em todos nós.
Pois por mais que o governo possa fazer e deva fazer, afinal é com afé e a determinação do povo americano que a nação conta. É a bondadede hospedar um estranho quando os diques se rompem, o altruísmo detrabalhadores que preferem reduzir seus horários a ver um amigo perdero emprego, que nos fazem atravessar as horas mais sombrias. É acoragem do bombeiro para subir uma escada cheia de fumaça, mas tambéma disposição de um pai a alimentar seu filho, o que finalmente decidenosso destino.
Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que osenfrentamos podem ser novos. Mas os valores de que depende nossosucesso -- trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerânciae curiosidade, lealdade e patriotismo -- essas são coisas antigas. Sãocoisas verdadeiras. Elas têm sido a força silenciosa do progressodurante toda a nossa história. O que é exigido de nós hoje é uma novaera de responsabilidade -- um reconhecimento, por parte de todos osamericanos, de que temos deveres para nós mesmos, nossa nação e omundo, deveres que não aceitamos resmungando, mas sim agarramosalegremente, firmes no conhecimento de que não há nada tãosatisfatório para o espírito, tão definidor de nosso caráter, do quedar tudo o que podemos em uma tarefa difícil.
Esse é o preço e a promessa da cidadania.
Essa é a fonte de nossa confiança -- o conhecimento de que Deus noschama para moldar um destino incerto.
Esse é o significado de nossa liberdade e nosso credo -- a razão porque homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as féspodem se unir em comemoração neste magnífico espaço, e por que umhomem cujo pai, menos de 60 anos atrás, talvez não fosse atendido emum restaurante local hoje pode se colocar diante de vocês para fazer ojuramento mais sagrado.
Por isso vamos marcar este dia com lembranças, de quem somos e dolongo caminho que percorremos. No ano do nascimento da América, no mêsmais frio, um pequeno bando de patriotas se amontoava junto a débeisfogueiras nas margens de um rio gelado. A capital fora abandonada. Oinimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em queo resultado de nossa revolução era mais duvidoso, o pai de nossa naçãoordenou que estas palavras fossem lidas para o povo:
"Que seja dito ao mundo futuro ... que na profundidade do inverno,quando nada exceto esperança e virtude poderiam sobreviver ... que acidade e o país, alarmados diante de um perigo comum, avançaram paraenfrentá-lo".
A América, diante de nossos perigos comuns, neste inverno de nossadificuldade, vamos nos lembrar dessas palavras atemporais. Comesperança e virtude, vamos enfrentar mais uma vez as correntesgeladas, e suportar o que vier. Que seja dito pelos filhos de nossosfilhos que quando fomos testados nos recusamos a deixar esta jornadaterminar, não viramos as costas nem vacilamos; e com os olhos fixos nohorizonte e com a graça de Deus sobre nós, levamos adiante o grandedom da liberdade e o entregamos em segurança às futuras gerações.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

presidente Lula bate recorde


Aprovação do presidente Lula bate recorde, mostra Datafolha


SÃO PAULO (Reuters) - A taxa de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu novo recorde em novembro, atingindo o maior patamar já registrado por um presidente brasileiro desde a redemocratização do País, mostrou pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira.
Governo Lula tem aprovação recorde de 69%, mostra pesquisa CNI/Ibope


Lula bate recorde de aprovação
De acordo com levantamento publicado no jornal "Folha de S.Paulo", a avaliação positiva (soma de notas ótimo e bom) do presidente atingiu 70%, batendo o recorde anterior, que também já era de Lula, de 64% de aprovação em setembro.
O levantamento mostra que 23% avaliam o presidente como regular e 7% como ruim ou péssimo.A pesquisa, feita entre os dias 25 e 28 de novembro, mostra que Lula conta com avaliação positiva em todos os segmentos socioeconômicos e regiões do País.O levantamento foi publicado em uma semana em que foram feitos anúncios de demissões em grandes companhias do País, como a Vale, e em que a indústria informou que as vendas de veículos despencaram pelo segundo mês consecutivo em novembro.O levantamento apurou que 27% dos brasileiros ainda não tomaram conhecimento da atual crise financeira internacional.O Datafolha ouviu 3.486 pessoas, com mais de 16 anos de idade, em todo País. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.As melhores notas obtidas pelos presidentes que antecederam Lula no cargo depois da redemocratização do Brasil no final dos anos de 1980 estão longe do patamar alcançado pelo petista.O melhor desempenho registrado pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, foi 47% de aprovação em dezembro de 1996. Itamar Franco obteve 41% de avaliação positiva em dezembro de 1994, seguido por Fernando Collor, que em junho de 1990 registrava 36% de avaliação postiva entre os brasileiros.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Movimentos negros ocupam Cinelândia nesta quarta, 19

Movimentos negros ocupam Cinelândia nesta quarta, 19

Além da agenda oficial, os movimentos sociais independentes dos governos cumprem uma extensa programação, concentrada principalmente nos dias 18 e 19, na Semana da Consciência Negra. Nesta quarta, 19, às 10h, haverá uma aula pública na Cinelândia. Às 14h, no mesmo local, serão montadas as barracas das entidades. Haverá, ainda, apresentações de Hip Hop, Bloco Afro, grupos indígenas, capoeira e recitação de poemas de Solano Trindade. Às 17h, ato-show seguido de roda de samba, em homenagem a Luiz Carlos da Vila, o autor de "Kizomba, a festa da raça", o samba campeão do carnaval de 1988, que marcou o ápice das escolas do Rio de Janeiro.
Também nesta quarta, às 19h, o evento "Música e Consciência negra" vai mostrar uma roda de funk, no salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ (Rua do Passeio, 98, no centro). Co-promoção do Observatório da Indústria Cultural, Movimento Funk é Cultura e Laboratório de Etnomusicologia.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Rio debate propostas para a Conferência Nacional de Comunicação

Rio debate propostas para a Conferência Nacional de Comunicação
Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)

Mais de uma centena de pessoas se reuniu, neste sábado, 8 de novembro, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro para aprofundar a discussão em torno da Conferência Nacional de Comunicação. A proposta da atividade é contribuir no processo de pressão pública sobre o Governo Federal para que seja oficialmente convocada a conferência.
O Seminário Pró-conferência Nacional de Comunicação Rio começou com um debate sobre o marco regulatório no Brasil e no cenário mundial. A mesa foi composta pelos professores da UFF Dênis de Moraes e Adilson Cabral, o professor da PUC Marcos Dantas e a jornalista Claudia Abreu, dos Comunicativistas. Dênis abriu o painel montando um mosaico das políticas de comunicação dos diferentes governos da América Latina. Ele destacou o papel progressista e de esquerda cumprido pelos governos da Venezuela, Bolívia e Equador. Ressaltou a necessidade de intensificar a luta contra a falta de política de comunicação do governo Lula. E concluiu falando da importância da realização da conferência, mas alertou os movimentos para não magnificarem a conferência, para não criar falsas expectativas.
Marcos Dantas traçou um histórico da legislação de comunicação no país, com ênfase na construção da Constituição Brasileira de 88. Ele revelou como foi difícil aprovar o que os artigos sobre o tema, que até hoje não foram regulamentados. Ele destacou a necessidade de se ter um Conselho de Comunicação formulador, decisório e com uma composição democrática. Também ressaltou a importância da universalização do acesso não apenas para a telefonia fixa, mas para o celular e a banda larga também.
A representante dos Comunicativistas apresentou todo o processo de luta, as vitórias e derrotas do movimento da comunicação comunitária, passando pela Lei de Radiodifusão Comunitária e a da TV a Cabo. Claudia também falou sobre manipulação nos programas de tv e da Campanha pela Ética na TV. Fechando o evento da manhã, o professor Adilson remontou a trajetória dos movimentos pela democratização da comunicação, o processo atual de mobilização em torno da conferência de comunicação e lançou algumas reflexões sobre a construção desse espaço de controle social.
À tarde, aconteceram as rodas de diálogos com o objetivo de aprofundar nos debates específicos e encaminhar uma carta síntese de cada tema com propostas do seminário para a plenária final. A roda de “Concessões, Controle Público e Concentração da Mídia” discutiu o fim da renovação na prática automática das concessões de TV e rádio. Também debateu a necessidade de universalização da internet banda larga a preços justos, entre outras questões. O grupo de “Digitalização e Convergência” conversou sobre a necessidade de profundas alterações no caminhar da implementação da digitalização no país e foi enfático ao negar a adoção do modelo estadunidense IBOC para a rádio digital. Esse padrão digital é mais caro, ocupa maior espectro digital e pode inviabilizar a existência de rádios comunitárias.
A roda de diálogo sobre “Comunicação Pública, Comunitária e Formação de Redes” apresentou propostas no sentido de orientar políticas de financiamento público para os veículos comunitários. Outra proposta que se destacou foi a exigência de canais comunitários em todas as cidades brasileiras, na tv aberta, digital e com operador de rede público. O grupo de “Comunicação, Cultura, Mídia e Produção de Subjetividade” ressaltou a necessidade de se desenvolver políticas no sentido de propiciar uma leitura crítica da mídia e da regionalização cultural.
Concluídos os grupos, o jornalista paulistano João Brant, do Intervozes, fez um relato do processo de construção nacional da Conferência de Comunicação. Em seguida, Roseli Goffman, do Conselho Federal de Psicologia, conduziu a plenária final. Os relatores de cada grupo apresentaram as propostas elaboradas nas rodas de diálogo. Após sofrerem algumas modificações os relatórios foram aprovados pelo público. A carta final do encontro será editada ao longo dessa semana e a partir do dia 18 de novembro estará disponível na página www.rioproconferencia.blogspot.com. A próxima reunião do movimento pró-conferência Rio ficou marcada para a próxima segunda, 17, às 19h, no auditório do Sindicato dos Engenheiros (Av. Rio Branco, 277, 17º andar, Cinelândia, Rio de Janeiro).

Quase 30% dos prefeitos eleitos nas cem principais cidades do país têm patrimônio superior a R$ 1 milhão.

Quase 30% dos prefeitos eleitos nas cem principais cidades do país têm patrimônio superior a R$ 1 milhão. Levantamento feito pela Folha nos 99 municípios com mais eleitores e em Palmas (TO), única capital que não está entre as maiores cidades, mostra que 28 prefeitos eleitos são milionários.
O patrimônio médio dos candidatos vitoriosos é de R$ 1,7 milhão. Se recebessem o salário do prefeito de São Paulo --R$ 12.384--, precisariam ficar mais de 11 anos no cargo para acumular essa quantia.
Entre os eleitos, o mais rico é Marcio Lacerda (PSB), que em 2009 vai assumir a Prefeitura de Belo Horizonte e declarou ter mais de R$ 55 milhões. Apenas o patrimônio dele corresponde a um terço da soma dos bens de todos os cem prefeitos eleitos --R$ 172 milhões. Lacerda, 62, prosperou a partir dos anos 70 com empresas no setor de telecomunicações.
O partido com mais membros entre os mais ricos é o PSDB, com sete, seguido pelo PDT, com seis. Os dados foram coletados nos registros de candidaturas entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo colocado entre os eleitos mais ricos, o prefeito de Foz do Iguaçu (PR), Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), diz ter ficado surpreso com sua colocação no ranking. Engenheiro e dono de uma construtora, declarou ter R$ 11,8 milhões.
Mac Donald, 60, diz ter bancado metade dos gastos da campanha deste ano do próprio bolso. "Os empresários estão preocupados com a política e estão participando com mais intensidade", afirma.
Ele diz que entrou na política por "responsabilidade social" e para "resolver" crises que a cidade atravessava.
Dois candidatos que se elegeram declararam não ter bem nenhum: Veneziano Rego (PMDB), de Campina Grande (PB), e Sérgio Ribeiro (PT), de Carapicuíba (SP). Por meio de sua assessoria, Rego, 38, disse que morou por muitos anos com um irmão e que não acumulou patrimônio. Ribeiro não foi encontrado ontem.
O ex-ministro Luiz Marinho (PT), prefeito eleito de São Bernardo do Campo (SP), está entre os cinco menores patrimônios nos cem municípios: declarou ter R$ 32.508.
A proporção de prefeitos milionários nas maiores cidades fica próxima da de deputados federais com patrimônios elevados. Em 2006, a Folha mostrou que 32% dos eleitos para a Câmara possuía mais de R$ 1 milhão. A média de patrimônio dos deputados, no entanto, é superior: R$ 2,5 milhões